quarta-feira, 27 de abril de 2011

Relações Raciais na Escola




"... Quando te encarei frente a frente, não vi
o meu rosto; chamei de mau gosto o que,
de mau gosto, mau gosto..."
(Caetano Veloso)



As visitas que são realizadas nas escolas por conta das atividades do Progestão nos mostram situações que nos fazem refletir, uma delas foi a questão das relações raciais na Escola, como a escola pode contribuir ou não para a formação da identidade de crianças negras.
O cotidiano escolar é representado por situações, vivências que são muitas vezes, reproduções de uma sociedade excludente. Sabemos que a escola precisa trabalhar determinadas situações de preconceito, violência etc. Até que ponto a escola está sendo coerente com a sua função social quando se propõe a ser um espaço que preserva a diversidade cultural, responsável pela promoção da equidade.
São inúmeras as situações que nos deparamos no nosso cotidiário escolar, tantas questões como o bullying, violência, preconceito racial e sexual. A escola pode inconscientemente ou não representar situações que aumentam ainda mais essa problemática. Não adianta trabalharmos, por exemplo, a questão da diversidade cultural, sendo que, continuamos realizando cartazes do dia das mães, como exemplo, com imagens de mães loiras, ou então, o que dizer dos cartazes do dia das crianças? Crianças brancas, cabelos lisos. Por que não construirmos cartazes com imagens diversas, índios, brancos, negros, gordos, com óculos etc. A questão dos cartazes é somente um exemplo, pois, podemos observar que, muitas vezes, a escola pode demonstrar a (re) apresentação de imagens caricatas. Dessa forma, compreendemos que a escola tanto pode ser um espaço de disseminação quanto um meio eficaz de prevenção e diminuição do preconceito.
Na maioria das vezes, os alunos não se sentem representados nas histórias que lêem, nos vídeos que assistem, nas imagens que são apresentadas.
As escolas municipais Antônio Joaquim Alves (escola rural) e a Escolinha Geração do Futuro (urbana) confeccionaram imagens de crianças negras e utilizaram nos cartazes da escola, ações simples mas que são significativas, muitas vezes, os alunos negros são submetidos à uma violência simbólica, manifestada pela ausência da figura do negro no contexto escolar.



Escolinha Geração do Futuro
 

Escolinha Geração do Futuro


 

 

Escola Antônio Joaquim Alves


 

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